Tesouros que roubei

Porque aqui roubar não é um crime

Dá que pensar! Outubro 28, 2011

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A utilização diária de água por pessoa deveria rondar os 50 litros; actualmente, no Ocidente, estima-se que cada habitante utilize entre 200 e 250 litros

 

Sobre as coisas que morrem e não são velhas… Outubro 11, 2011

Filed under: Caixa Mágica,Tesourar — tesourosqueroubei @ 4:44 pm
 

PARVÍSSIMOS… Fevereiro 25, 2011

Filed under: Cogito adentro,Jornais & Revistas,Tesourar — tesourosqueroubei @ 12:32 pm
Deixo aqui o  comentariosinho ao textinho da Isabelinha e o textinho da Isabelinha…Vale a pena uma voltinha na página do Destak para ver a imensidão de comertariosinhos
EDITORIAL

A parva da Geração Parva

17 | 02 | 2011   21.12H
Isabel Stilwell | editorial@destak.pt

Acho parvo o refrão da música dos Deolinda que diz «Eu fico a pensar, que mundo tão parvo, onde para ser escravo é preciso estudar». Porque se estudaram e são escravos, são parvos de facto. Parvos porque gastaram o dinheiro dos pais e o dos nossos impostos a estudar para não aprender nada.

Já que aprender, e aprender a um nível de ensino superior para mais, significa estar apto a reconhecer e a aproveitar os desafios e a ser capaz de dar a volta à vida.

Felizmente, os números indicam que a maioria dos licenciados não tem vontade nenhuma de andar por aí a cantarolar esta música, pela simples razão de que ganham duas vezes mais do que a média, e 80% mais do que quem tem o ensino secundário ou um curso profissional.

É claro que os jovens tiveram azar no momento em que chegaram à idade do primeiro emprego. Mas o que cantariam os pais que foram para a guerra do Ultramar na idade deles? A verdade é que a crise afecta-nos a todos e não foi inventada «para os tramar», como egocentricamente podem julgar, por isso deixem lá o papel de vítimas, que não leva a lado nenhum.

Só falta imaginarem que os recibos verdes e os contratos a termo foram criados especificamente para os escravizar, e não resultam do caos económico com que as empresas se debatem e de leis de trabalho que se viraram contra os trabalhadores.

Empolgados com o novo ‘hino’, agora propõem manifestar-se na rua, com o propósito de ‘dizer basta’. Parecem não perceber que só há uma maneira de dizer basta: passando activamente a ser parte da solução. Acreditem que estamos à espera que apliquem o que aprenderam para encontrar a saída. Bem precisamos dela.

 

 

Sou optimista por natureza e já me rendi muitas vezes à escravidão e fui parva para não ficar parada, mas um artigo desta natureza surge do ânimo leve de quem nunca passou por precariedade, ou se passou deve, certamente, ter-se esquecido da angústia que é ser essa a única solução. Não nos damos ao luxo de recusar trabalhos porque eles surgem um de cada vez e com intervalos consideráveis e não surgem oportunidades nem alternativas ao virar de cada esquina. Mas gostava de referir, sucintamente, que a comunicação social perde-se em debates com o mote da música dos Deolinda, mas nas respetivas redações de jornais, revistas, televisões “mora” a precariedade de estagiários “curriculares”, recibos verdes e assalariados que NÃO “ganham duas vezes mais do que a média” e quer me parecer que a redação do Destak não deve ser exceção. Talvez a Sr. Editorial não precisa de sair à rua, basta dar uma volta pelas secretárias dos subordinados, se os tem, para ver a imensidão de fotografias em lugares paradisíacos e hotéis de cinco estrelas que os jornalistas devem colecionar. Se viajam, com muita sorte é a trabalho e a maioria, tal como eu, não estudou para fazer fortuna porque não se consegue tal proeza como jornalista. Estudou para denunciar situações como esta e não para as avaliar com as “palas” de quem não vê a realidade sob os seus diversos pontos de vista. Há de tudo em todas as gerações e a nossa não é composta só de licenciados e nem só de trabalhadores. Muitos vão aproveitar esta música para justificar o comodismo e a inércia mas outros tantos precisam dela como uma espécie de consolo, não de vítimas mas de competentes sem oportunidade “de dar a volta à vida”. E o “basta” normalmente, Sr. Editorial, não vem de quem está desempregado, mas de quem trabalha ativamente e não encontra solução ao trabalhar como toda a gente. O “basta” vem de quem não se pode dar ao luxo de grandes planos mensais, quanto mais, poupanças e objetivos a médio prazo. Era capaz de apostar que o maior exemplo deste parvoíce da nossa geração está dentro dos média e ainda estou à espera que alguém deixe de ser hipócrita e surja com a denúncia destes subempregos. Paro por aqui, mas olhe que sou muito optimista.

Sofia Pires | 25.02.2011 | 10.59H

 

Ode ao amor… Janeiro 26, 2011

Filed under: Uncategorized — tesourosqueroubei @ 2:31 am

Fala-se de tanta coisa banal e importante, que vale a pena estas reuniões semanais que vão estragar a rotina de umas quantas raparigas no dia seguinte na rotina 9h-18h, (o mínimo exigido pela entidade patronal).

Fala-se de amores e desamores, de amizades, viagens, cidades, decisões, contradições, conversas paralelas, outras partilhadas, de pessoas ausentes, outras presentes. Umas constantes, outras dissonantes, enfim, falamos de quem gostamos e de quem gosta de nós. Conversa útil, esta de falar de quem importa e nada equiparada ao “Sexo e a Cidade” que tantas vezes tentamos converter à nossa realidade. O que falta à serie? Realidade, a nossa. Falta a sensação de realidade, que os dramas se passam verdadeiramente e que depois dos dramas há: o sobreviver aos dramas. É preciso sobreviver aos dramas, tentar lidar com eles e saber encaixá-los ao contexto da vida em que qualquer relação com a ficção é pura realidade.  É fácil viver dramas fictícios e tentar adaptá-los ao que nos acontece. Mas a ficção é sempre um guião controlado por um qualquer director e realizador que decide o que quer. Nós não não somos, decididamente, a Carrie Bradshaw, nem a Charlotte York, muito menos a Miranda Hobbes e a Samantha Jones que dão vida à serie americana. Somos portuguesas com muitos mais dramas e tragédias mas que em tudo o que acontece não andamos à procura de um sentido para a vida. Podemo-nos considerar umas privilegiadas por muito cedo encontramos um sentido para a vida. Claro, que esse sentido é lógico para a vida que queremos viver, ao género de Bridget Jones, mais adequada ao que realmente queremos e não ao que é esperado (amanhã arranjava outra personagem qualquer do cinema mais consonante) . Mas a ideia essencial que tirei desta confraternização é que somos humanos. Tão humanos que até dói. Somos tão maravilhosos, por ser humanos. Somos tão inesquecíveis por ser humanos. Sem óscares ou prémios nobel, sem homenagens ou galardões de qualquer espécie. Somos importantes para os que gostam de nós e porque somos o que somos. É tão bom ser imperfeito e ser adorado, é tão bom ser mau e ser perdoado. Enganem-se os que pensam que mais que isto vale, mais que isto.

 

Para todos nós que abusámos… da sorte… Dezembro 21, 2010

Filed under: Mundo adentro,Vida adentro — tesourosqueroubei @ 7:22 pm
 

Ignorância (de) causa efeito Novembro 4, 2010

Filed under: Cogito adentro,Ditos suspensos,Tesourar — tesourosqueroubei @ 9:21 pm

São 19:59 e cheguei à conclusão que estamos no “Verão de S. Martinho”. Sim o calor que senti durante o dia tem tradição e nome. E depois deste calor fora de época vem o frio repentino. Pensava eu que a casa é realmente quente. Não é. Vai ser fria e este será o meu primeiro Inverno para o comprovar. Depois certamente vou-me queixar se as temperaturas ambientes forem baixas ao ponto de me obrigar a exorbitâncias para aquecer o ar.

Hoje conclui também que o entusiasmo da primeira aula de Gestão de Marketing lixou-me uma entrevista e a possibilidade de ocupar o dito cargo. Com pouca pena minha.

Constatei que quando se fala do que não se sabe para quem também não sabe do que se fala, cai-se em saco, não roto, mas rasgado, que afinal não tem buraco nenhum. Explicando: assumi que, e da boca me saiu,  para o marketing o importante não eram as vendas, elas eram apenas a ponta do iceberg, consideradas supérfluas. Da boca não me saiu mais nada e nem soube confirmar o autor como referência ao meu “enterranço” que foi escutado com uma certa, e mais que certa, indignação. Levei com uma explicação do que a dita cuja entendia ser o marketing, que se soubesse alguma coisa de marketing, pelo menos teórico, pressentia no que eu disse algo que lhe era familiar. Mas não. Só indignação, e eu tinha, apenas, uma aula de Marketing e não lhe podia dizer mais nada porque não sabia mais nada. Saímos dali as duas mal. Eu presa à minha ignorância aberta e ela presa à sua ignorância fechada. Só eu sei que saímos as duas em posição de ignorantes e também só eu fiquei prejudicada com isso.

Aqui fica a ideia e o autor, que com mais algumas aulas de marketing, acredito que possa vir a ampliar no conhecimento, parece que ele é um dos maiores teóricos da administração e deve ter mais ideias:

“Pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, mas o objectivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou o serviço disponível”

Peter Drucker

 

Ó Portugal, Portugal… Outubro 19, 2010

Filed under: Bolinar,Mundo adentro,Vida adentro — tesourosqueroubei @ 11:46 am
 

E os ciganos…Pá Setembro 27, 2010

Filed under: Caixa Mágica,Ditos suspensos,Mundo adentro — tesourosqueroubei @ 6:22 pm

A Natureza tem horror ao vazio, é preciso criar novos inimigos”

José Pereira Bastos no Opinião Pública da SIC Notícias

Pelos vistos os ciganos já comeram à mesa com príncipes, até 1500, época dos descobrimentos, quando desapareceram as leis da diplomacia  e os ciganos foram postos no saco dos judeus e mouros numa perseguição étnica e religiosa, como todas, malévola.

Negar as raízes a bem ou negá-las à força destruindo as famílias, separando pai, mãe e filhos. Passam a existir os chamados “órfãos dos vivos” criados como cristãos, para tentar extinguir a etnia cigana. Havia ainda uma outra alternativa, a caça ao cigano, em que a apresentação da peça era digna de recompensa. Uma caçada mais bem sucedida para os frustrados sem mira para “animais” mais pequenos.

Não é de agora este racismo europeu como lhe chama o antropólogo, esta necessidade de descarregar a arrogância daqueles que não aceitam a diferença. A superioridade da maioria quadrada que não consegue curvar-se para deixar passar, deixar caber as minorias.

O pretexto é o perigo, “as ideias securitárias, fantasmáticas” de que os maus da fita são todos ciganos, ideias sem consistência. Não são uma identidade homogénea. A camada mais pobre é utilizada para dar a imagem que o povo português usa quando fala dos ciganos.

As pessoas confundem a “integração com a assimilação cultural” e este receio aos ciganos faz parte da história do país. “Sempre se apostou em produzir pão e não educação.(…)Temos enormes sentimentos de inferioridade. Pessoas que têm sentimentos de inferioridade têm que ser superiores a alguém. E são. Aos pretos e aos ciganos.(…) O cocó de Portugal é o Cigano, eu sou limpinho”.

“A autoestima das pessoas e dos grupos precisam de alguém que leve os pontapés.”

Mas como também os portugueses não ciganos não são uma massa homogénea, quero acreditar que a maioria dá espaço à diferença dos ciganos e a tudo o que é diferente.

 

What a wonderful world… Junho 18, 2010

Filed under: Cogito adentro,Jornais & Revistas — tesourosqueroubei @ 3:39 pm

Hoje foi o último dia de vida de José Saramago. Nunca li nenhum livro dele, mas não é tarde para começar. Um dia… porque existe um dia. A ideia de futuro está presente nos crentes, nos ateus, nos agnósticos e seja visto com optimismo ou pessimismo, está lá. Ninguém vive um dia como se fosse o último. É bom fazer planos, é bom criar metas. Não sermos reféns dos timings. Mas não convém adiar certas coisas, senão perdem sentido.

Falando de escritores, Colm Tóibin diz que tem “sérias dúvidas de que a felicidade seja boa para um escritor”. Quando li esta frase na entrevista publicada no JN de quarta-feira imediatamente concordei com ele. Sempre achei que a infelicidade e a tristeza devem ser muito mais produtivas e até inspiradoras. Basta ver que mesmo o jornalismo vive de tragédias e infortúnios. Cada vez que se conta uma história “feliz” nunca se deixa de sublinhar que se vai fazer isso mesmo, como que a puxar a atenção para o facto de “apesar de não haver sangue, concentre-se”. Vale a pena estar atento, mas não é comum estarmos a perder tempo com a felicidade dos outros. Ora, a tragédia já nos consola mais um bocadinho, não é verdade?

Este escritor irlandês considera que histórias de personagens felizes e bem sucedidas são histórias de pessoas desinteressantes. E foi nesta altura que comecei a questionar se a felicidade e o sucesso são desinteressantes. O jornalismo da “felicidade e do sucesso” é desinteressante?

Perceber os motivos da felicidade pode ser bem mais complexo que perceber os motivos da colega oposta. A infelicidade está sempre lá, mas a felicidade é basicamente inventada e pode, por isso, ser bem mais interessante de tratar. Está sempre relacionada com os ingénuos ou mesmo ignorantes. Mas uma pessoa bem esclarecida pode decidir ser feliz, se quiser.

Mais de meio mundo não tem tempo para ser feliz porque anda às turras com a sobrevivência. O resto de mundo, apesar de não lhe faltar comida na mesa e roupa lavada, decide não ser feliz porque não está satisfeito na escalada do sucesso. Uns têm tudo, mas incomoda-lhes a infelicidade dos que não têm nada e por isso não são completamente felizes.

A solidariedade pela infelicidade podia ser convertida numa homenagem através da felicidade. Ser feliz porque sim. Porque quem não é feliz, por motivos lógicos, merece o respeito da felicidade dos outros que não têm porque estar infelizes.

Vamos acreditar que há potes de ouro no fim do arco-íris…

 

Maio 14, 2010

Filed under: Cogito adentro,Tesouros da música — tesourosqueroubei @ 6:17 pm

Inquietações que não se sentem de tão normais. Surpresas que de repente o deixam de ser. Bons pensamentos, maus pensamentos. È bom existir só por existir, sem sentido. Sermos sozinhos e sabermos que só não o somos, sozinhos, porque não queremos. Saber que a dor não nos mata. É bom saber tudo isso para perceber que muito pouca coisa interessa. Não vale a pena o cansaço e a consumição. Valem a pena os amigos, as boas pessoas que se cruzam na rua, as crianças, a natureza. Vale a pena uma coisa bonita, tudo o que é bonito e cada um acha bonitas coisas diferentes.